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Para se manter em um mercado tão competitivo, as empresas têm buscado medidas para conquistar e fidelizar clientes e, assim, aumentar seus lucros. Entre as estratégias mais adotadas estão as vendas a prazo.

Nesse caso, mensurar o risco de crédito é fundamental para se precaver dos problemas expostos com essa ação. Assim, é possível identificar a possibilidade de um contrato ser cumprindo ou não, por meio da avaliação de uma série de variáveis que incidem sobre esse processo, buscando a total garantia que o valor concedido será pago.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para mostrar o que é o risco de crédito, como funciona sua gestão, os principais desafios, melhores práticas e demais pontos relevantes. Confira!

O que é o risco de crédito?

Trata-se da probabilidade de um cliente faltar com a quitação de qualquer tipo de dívida. No cenário econômico natural, a inadimplência pode ser vista em praticamente todos os tipos de operações financeiras.

A gestão de risco de crédito é a maneira como a companhia prevê o descumprimento de acordos, os impactos disso para os setores envolvidos e as ações implementadas para minimizar os danos provocados. Ou seja, é o conjunto de medidas voltadas não apenas para a diminuição dos riscos, mas toda a projeção da instituição para tratar dos riscos e possíveis prejuízos.

Como funciona a gestão de risco de crédito?

É um processo que passa pela análise de crédito e por outras práticas que são avaliadas posteriormente. Em qualquer situação, a finalidade é focar as estratégias em dois fatores principais: a diminuição e a proteção de risco de crédito. Isso devido à garantia de tomadas de decisões mais seguras e acertadas, que melhorem o aproveitamento das possibilidades de negócio. Para isso, é necessário:

  • criar uma cultura de crédito consistente e alinhadas às características do mercado e do negócio;
  • investir na capacitação para que os colaboradores identifiquem os riscos envolvidos nas movimentações;
  • tomar decisões precisas;
  • administrar os processos e o fluxo de informações da decisão de crédito de forma adequada;
  • simplificar a comunicação para aumentar a transparência entre o departamento e os clientes.

A partir disso, é possível proteger a empresa do risco de crédito. No entanto, mesmo com a aplicação dessas medidas, vários imprevistos podem acontecer. Então, o conceito é reduzir ao máximo, os medos e dúvidas para aproveitar as chances e gerar valor.

Quais são os C’s do crédito?

Agora que você entende o que é o risco de crédito, veja como implementar estratégias eficazes na empresa. Para isso, vamos mostrar os cinco C’s do crédito:

  • caráter: está ligado ao histórico financeiro do cliente e sua reputação no mercado. São averiguadas, principalmente, as transações realizadas no passado;
  • capacidade: se refere às condições que o solicitante do crédito dispõe para pagar a dívida;
  • capital: diz respeito ao patrimônio líquido da companhia-cliente e seus sócios. Engloba tudo que compõe o inventário do solicitante do crédito;
  • colateral: envolve as garantias oferecidas em troca do crédito, por exemplo, ativos, equipamentos, imóveis, entre outros;
  • condições: tem como fundamento a atual situação financeira do cliente, suas expectativas e potencial para desenvolvimento ou declínio.

Levar em conta cada um desses fatores no processo de concessão de crédito é o ponto inicial para uma boa tomada de decisão, devido à diversidade de questões analisadas do cliente.

Quais são os desafios mais comuns na gestão de risco de crédito?

Para ter uma gestão de risco de crédito, alguns desafios devem ser superados. Veja quais são os principais:

Armazenamento de dados

Como armazenar dados da sua empresa.

Muitas vezes, os dados estão armazenados de forma indevida e o acesso a eles se torna mais difícil. Se as informações não estiverem disponíveis de forma simples, podem acontecer atrasos na emissão de relatórios importantes para a análise.

O acesso à informação precisa se fluído e seguir um bom fluxo. Os envolvidos nos procedimentos devem ter facilidade no entendimento dos dados e, para tanto, eles devem estar bem estruturados.

Dificuldade na emissão de relatórios

Se as informações relativas ao risco de crédito não estiverem devidamente organizadas e classificadas, a elaboração dos relatórios de riscos se torna uma atividade demorada e suscetível a erros. Defina processos e busque soluções de tecnologia que simplifiquem a localização dos dados. Devido ao alto volume de informações usadas, isso fica mais difícil sem o auxílio de ferramentas específicas.

Falta de flexibilidade

Os sistemas precisam ser flexíveis para que sejam atualizados periodicamente, de maneira ágil e com baixo custo. Caso essas atualizações sejam demoradas e onerosas, existe a chance desses mecanismos se tornarem obsoletos com muita rapidez. Isso atrapalha a análise de risco de crédito, o que pode levar a avaliações imprecisas ou equivocadas.

Ausência de automação

As tarefas de avaliações de crédito precisam estar ativas em tempo integral. No entanto, esse é um processo complexo e burocrático, principalmente quando ainda existem trabalhos manuais. A falta de automação na gestão de risco de crédito influencia diretamente na qualidade desses processos, pois reduz a eficiência das operações, eleva os custos e torna as falhas mais frequentes. Nesse caso, é preciso:

  • contar com o auxílio de sistemas próprios de avaliação de crédito;
  • investir em software de gestão;
  • apostar em soluções inovadoras.

Recursos como esses ampliam de maneira significativa o volume de dados processados e tornam o gerenciamento mais confiável.

Quais são as consequências de uma má concessão de crédito?

A concessão de crédito para clientes precisa ser uma ação bem planejada, fundamentada em dados. Mesmo assim, muitas companhias ainda concedem crédito de forma incorreta, elevando os riscos do negócio. Para entender a complexidade do problema, veja as principais consequências:

Redução da previsibilidade financeira

Quando a empresa tem um grande número de clientes inadimplentes é mais difícil antever como acontecerão as entradas financeiras. Isso ocorre pelo fato do cliente ficar inadimplente em uma época, mas fazer o pagamento logo em seguida.

Da mesma maneira, ele pode manter a inadimplência até que o negócio tome uma medida cabível. Isso impede a projeção financeira de uma organização. Realizar o fluxo de caixa projetado deixa se ser uma tarefa certeira, já que não existem garantias de quando o pagamento ocorrerá.

Aumento da inadimplência

Inadimplência pode ser um problema.

Ao oferecer crédito sem fazer uma análise eficaz do perfil de quem solicita, os riscos para o negócio aumentam. Mesmo que o cliente tenha um bom histórico, nem sempre isso se manterá no decorrer do tempo.

Assim, ao conceder o valor, com base somente na confiança, a empresa eleva as chances de ter problemas nesse sentido. Caso ocorram mudanças de mercado, como uma crise econômica nacional, por exemplo, os índices de inadimplência disparam.

Desequilíbrio do fluxo de caixa

O fluxo de caixa está ligado à relação entre o volume de capital que entra e sai da empresa. Mesmo com boas vendas, sem o controle necessário, a entrada de recursos financeiros será insuficiente para manter o negócio em pleno funcionamento.

Existem diversos problemas relacionados, como a falta de recursos para arcar com as despesas fixas, pagar fornecedores, renovar o estoque, entre outros. Sem os devidos cuidados, o futuro poderá ser de recuperação judicial ou falência.

Redução da competitividade do negócio

Quanto maior a inadimplência no negócio, maior é a necessidade da organização financiar as operações dos clientes. Para isso, ela necessita utilizar recursos próprios, geralmente do capital de giro. Com isso, há o gasto do dinheiro que poderia ser utilizado para fazer investimentos em busca de melhorias, por exemplo.

Se a concorrência realizar uma concessão de crédito apropriada, provavelmente, não terá problemas, abrindo espaço para fazer investimentos importantes. Frente a isso, sua empresa começa a perder a competitividade e ter resultados abaixo do esperado.

Ocorrência de problemas com os clientes

A concessão de crédito é uma medida para atrair, motivar e fidelizar clientes. Contudo, se mal-implementada, pode gerar efeitos completamente adversos, já que o erro na análise pode provocar a inadimplência e, consequentemente, a necessidade de cobrança.

Ocorre que, muitos clientes, mesmo inadimplentes, não gostam de ser cobrados. Nessa hora, é normal a ocorrência de conflitos com essas pessoas. Logo, os resultados são opostos aos esperados.

Inchaço da estrutura da empresa

A companhia oferece crédito de forma inadequada, gerando a inadimplência. Para receber parte do valor, precisa fazer processos de cobrança, que muitas vezes necessitam ser contínuos durante certo período.

O cenário de inadimplência implica em acordos de pagamento ou até mesmo iniciação de processos jurídicos. Desse modo, a má concessão de crédito além de elevar a burocracia do negócio, ela também acaba inchando a estrutura da empresa, devido a necessidade de ter uma equipe de cobrança e de apoio jurídico para aumentar a capacidade de retorno.

Como uma política de crédito pode auxiliar na gestão de riscos?

Política de crédito para manter a sua empresa financeiramente saudável.

A política de crédito é uma prática utilizada pelas companhias para estabelecer padrões que serão usados no estudo detalhado dos clientes. Ela tem, como finalidade, gerar segurança para o negócio, usando vários métodos para definir quem pode receber o crédito.

Políticas de crédito são a estrutura da administração de valores a receber. Por meio dela, é elaborada a maneira de conceder crédito e são determinados os padrões de crédito, como prazos e riscos, no intuito da instituição receber futuramente a quantia concedida.

Uma política de crédito adequada é aquela capaz de elevar o número de vendas, com o mínimo de inadimplência possível. Para isso, existem algumas estratégias capazes de otimizar o processo. Isso considerando que quanto melhor for a situação financeira da companhia, melhor será a política de crédito.

Para desenvolver uma boa política de crédito, alguns pontos precisam ser identificados. Por exemplo:

  • quais são os objetivos a serem atingidos;
  • qual é o perfil atual da carteira de clientes;
  • capacidade financeira do negócio;
  • fontes de informações disponíveis (internas e externas);
  • estratégias de implementação/avaliação/acompanhamento.

A partir disso, a organização precisará de uma decisão de crédito diferenciada, para que tudo ocorra da forma como esperado, fidelizando o cliente.

Como a gestão de risco de crédito pode ajudar a reduzir inadimplência?

A inadimplência é um dos grandes desafios do negócio, principalmente em épocas de crises, mudanças relevantes no mercado ou economia estagnada.Se a companhia tem enfrentado esse problema, ela deve começar a fazer a análise de crédito correta, para evitar parte desses conflitos ocorridos pela falta de pagamento dos clientes, independentemente do seu porte.

A gestão de risco de crédito propicia parâmetros e permite uma avaliação minuciosa do perfil de quem pretende se tornar cliente, evitando a redução do fluxo de caixa em períodos críticos, como no momento de pagar colaboradores e fornecedores. Veja a seguir as principais colaborações da gestão de risco para o combate contra a inadimplência:

Verificação do histórico financeiro do cliente

Uma boa análise de crédito implica no levantamento do histórico interno de operações comerciais e recebimentos realizados com o cliente avaliado, além de consultas em órgãos de proteção ao crédito. Assim, é possível averiguar obrigações não pagas, momentos de inadimplência em demais instituições e até o tipo de compra que o cliente costuma atrasar.

Checagem de informações jurídicas ou pessoais

A checagem de informações jurídicas, por meio do CNPJ, endereço da sede e filiais, contrato social e demais documentos, possibilita maior segurança na concessão de crédito. Dessa forma, é possível encontrar inconsistências, possíveis processos judiciais contra o solicitante etc. Nesse caso, uma análise completa considera não somente esses dados, mas também documentos como RG, CPF ou até mesmo cheques irregulares emitidos.

Avaliação da capacidade de pagamento do cliente

A capacidade de pagamento do cliente é averiguada no momento de estabelecer o crédito adequado para ele, por meio de sua situação atual e garantias disponíveis para honrar com a dívida. Assim, é possível determinar um limite de crédito mais seguro.

Manutenção da aquisição de cliente de menor risco

Todos os processos relacionados acima auxiliam consideravelmente na diminuição dos riscos de inadimplência, já que são usados como uma espécie de filtro para os clientes maus pagadores. No entanto, é importante frisar que os bons pagadores podem se beneficiar com concessões de créditos maiores, se for do interesse deles.

Assim, é possível manter a aquisição de clientes de menor risco e até estabelecer uma relação mais próxima com eles, incentivando a fechar mais negócios com a empresa.

Impedimento da redução do fluxo de caixa em situações difíceis

Com a análise de crédito, se evita a diminuição do fluxo de caixa em situações críticas, principalmente na época de pagamentos de fornecedores. Assim, a companhia se previne da inadimplência de suas contas a pagar.

Isso quer dizer que a gestão de risco de crédito possibilita não só que a entrada de recursos seja beneficiada, como também pode colaborar indiretamente na saída de valores e pagamento de obrigações. Assim, a empresa minimiza a inadimplência sem reduzir a concessão de créditos ou prazos.

Como promover a gestão de risco de crédito?

Para compreender qual é o risco obtido por meio das concessões de crédito, é preciso ter uma avaliação do contexto e identificar impactos que podem ser gerados à empresa. Por exemplo, ao fazer a concessão de crédito para um cliente que apresenta um perfil de risco, a organização pode tanto realizar um bom negócio, quanto ter mais prejuízos.

Para obter maior segurança no processo, algumas estratégias devem ser aplicadas para garantir uma boa gestão. Veja a seguir!

Categorize os perfis de clientes

Se relacione com seus clientes entendendo cada um como único.

A avaliação do perfil financeiro do cliente e seu histórico de reputação no mercado é uma medida comum em organizações de crédito. No caso do gerenciamento de risco, o cliente que apresenta dados desfavoráveis, ao pedir um novo crédito, deve ser categorizado como perfil de risco. Assim, a empresa consegue mapear com maior precisão a categoria do cliente e, a partir disso, tomar decisões de forma mais ágil e segura.

Estabeleça os limites de crédito

Para evitar que a empresa sofra futuramente e tenha prejuízos devido a inadimplência, uma boa ideia é estabelecer um limite seguro de crédito. Analise a viabilidade de crédito possível para o faturamento do cliente e defina uma quantia limite para o caso em questão.

Considere a capacidade de pagamento do cliente, já que assim, é possível impedir a concessão de um valor muito superior ao que o cliente pode pagar. Além disso, não deixe de valer em conta a situação da empresa. Para isso, você pode definir um limite inferior, que não represente risco financeiro para a empresa.

Atualize e acompanhe as regras de crédito

Manter uma política de crédito dentro da organização não é o bastante. Com o passar do tempo, os processos realizados se desatualizam. Com isso, é necessário que a política seja acompanhada e reavaliada de tempos em tempos. Então, atualize, periodicamente, os documentos e as ações de prevenção de risco de crédito.

Automatize as avaliações

As avaliações automatizadas filtram todas as informações relativas ao histórico e reputação do cliente no mercado. Os dados são cruzados com as exigências estabelecidas na política de crédito do negócio. Assim, o próprio software avalia e determina se o crédito será disponibilizado ou não, propiciando mais segurança e agilidade aos procedimentos.

Tenha a tecnologia como grande aliada

Contar com o auxílio da tecnologia é uma das melhores iniciativas implementadas pelos gestores. Afinal, com o crescimento digital, ela é a medida que tem se alinhado melhor ao mercado atual.

A utilização de sistemas aprimora os processos de análises de informações, possibilitando às companhias lidar com diferentes fontes de estudos, por exemplo:

  • bancos de dados públicos e privados;
  • histórico de transações financeiras;
  • consultas cadastrais em órgão públicos, por exemplo, Receita federal;
  • demais ações que não são possíveis sem uma ferramenta adequada.

Essas informações viabilizam um embasamento mais conciso sobre as condições do cliente, garantindo uma concessão e crédito mais segura. Entre suas funcionalidades estão: divulgação e análise de documentos, prática de modelos internos de classificação de risco de crédito, entre outras ações que permitem que o negócio automatize o fluxo de trabalho de crédito, contribuindo efetivamente nas tomadas de decisões.

Como a Serasa Experian pode ajudar?

A Serasa Experian é a parceira ideal para promover uma gestão de risco de crédito adequada ao negócio, já que oferece recursos essenciais para esse processo, como o Saúde do Seu Negócio e o Recuperação de Dívidas. Se você ainda não conhece e não possui estas soluções, entenda melhor sobre elas a seguir:

Saúde do Seu Negócio

Trata-se de uma solução criada para monitorar o seu próprio CNPJ e CPF, e ainda receber alertas para saber quando alguém consultar seus documentos. Por meio dela, é possível analisar como a sua empresa é vista no mercado, entender como está sua saúde financeira, aumentar suas chances de obter crédito, entre outros.

Consulte seu Serasa Score.

Além disso, a solução permite acompanhar o Serasa Score em tempo real, assegurar o monitoramento de informações relativas aos documentos do negócio e aproveitar os planos de ação personalizados para atuar frente às consultas recebidas, pré-negativações, negativações etc.

Suas principais vantagens são:

  • Visualização de todas as dívidas vencidas e negativas para o CPF ou CNPJ constantes no cadastro de inadimplentes da Serasa Experian;
  • Identificação de empresas que pesquisaram o seu CNPJ ou CPF na Serasa Experian;
  • Ver as principais informações cadastrais da sua empresa e documentos;
  • Recebimento de dicas sobre as melhores estratégias de mercado para cuidar da saúde financeira do seu negócio;

Recuperação de Dívidas

Com o Recuperação de Dívidas é possível consultar de forma gratuita os débitos da empresa com os credores participantes, negociar com condições especiais, de maneira rápida, segura e sigilosa, e se manter informado a respeito das finanças do negócio.

Como pode entender, a inadimplência do cliente pode gerar grandes problemas ao negócio, como o prejuízo financeiro, desequilíbrio no fluxo de caixa e redução da competitividade no mercado. Tudo isso faz com que a empresa não se desenvolva como o esperado.

Para resolver esse problema, a gestão de risco de crédito é uma medida indispensável para evitar essa situação. Com ela, é possível buscar a regularidade financeira, contar com clientes bons pagadores, fechar bons negócios, assegurando seu crescimento sustentável.

Obrigado por ler mais um conteúdo da Área do Cliente e até a próxima!