Apesar dos desafios enfrentados por micro, pequenas e médias empresas durante a pandemia, 90% dos negócios continuam a enxergar oportunidades na crise. É isso que mostra a terceira onda da Pesquisa Retomada PMEs: “Pandemia chegando ao fim: como as PMEs projetam a retomada econômica no Brasil?”.

Em junho de 2021, a Serasa Experian ouviu 505 representantes de empresas de diversos segmentos e portes em todo o país para entender os impactos da Covid-19 na trajetória dos negócios. O objetivo do estudo é trazer uma percepção aprofundada sobre oportunidades e descobertas durante o período e os planos para o futuro.

Nesse contexto, um dos maiores aprendizados está ligado ao relacionamento com clientes. Em comparação com as pesquisas anteriores, houve um crescimento significativo em questões associadas a extrair maior valor da base de consumidores. Destaque para:

  • aplicar estratégias de acordo com o perfil dos clientes — saltou de 23% para 33%;
  • ter mais tempo para me relacionar com os clientes — subiu de 16% para 20%.

Os números evidenciam a importância de conhecer o perfil do cliente e utilizar essas informações para otimizar a comunicação, melhorar as vendas e fidelizar. Outro aspecto que merece atenção são os canais de venda.

Uma das mudanças na economia que vieram para ficar envolve meios digitais de compra. Segundo a pesquisa, apenas 6% dos negócios não conseguiram se adequar à nova realidade e preferiram fechar as portas.

A maioria já fazia vendas online ou passou a vender em meio à pandemia. Ainda que não houvesse muitas alterações em paralelo às pesquisas passadas, é possível perceber um aumento na percepção de que as vendas pela internet ajudaram nos seguintes aspectos:

  • 51% consideram que ganharam maior exposição;
  • 50% afirmam que passaram a atingir públicos diferentes do que já tinham;
  • 39% dizem que alcançaram novas regiões geográficas;
  • 36% acreditam que impactaram o mesmo público, mas em proporções maiores.

Em relação aos canais pelos quais as empresas fazem mais vendas, o WhatsApp continua na liderança, com 75%, seguido por Instagram (44%), Facebook (42%) e e-commerce próprio (30%). O marketplace registrou queda de 25% para 21%.

Desafios

De fato, a inclusão de novas estratégias de vendas é um dos maiores desafios para PMEs. Por causa das adaptações necessárias para comercializar produtos e serviços na retomada da economia, as empresas planejam investir em ferramentas tecnológicas para:

  • vender mais e melhor remotamente (47%);
  • melhorar gestão financeira (34%).

No entanto, para que esse crescimento seja possível, é importante controlar a inadimplência. Por causa das turbulências do período, 21% das empresas afirmaram estar com dívidas atrasadas.

Houve um aumento considerável de negócios que não estão conseguindo pagar contas de energia, telefone e internet. Já a inadimplência relacionada ao aluguel caiu de 28% para 25%. A redução pode ser reflexo de renegociações para adequar à nova realidade do negócio.

Quanto à inadimplência de clientes, a percepção é de crescimento. É por isso que é fundamental adotar estratégias eficazes de cobrança e monitoramento.

Por fim, informações mais animadoras: 57% das empresas acreditam que vão retomar e expandir os negócios após a pandemia. Mais:

  • 31% pensam que haverá um retorno total às atividades de seis meses a um ano;
  • 25% dizem que o prazo para retomada da economia será de até seis meses;
  • 24% afirmam que a retomada já aconteceu;
  • 20% preveem mais de um ano para o retorno.

Em resumo, apesar de todas as dificuldades em decorrência da pandemia, as empresas se mantêm otimistas quanto à retomada da economia. Com a vacinação avançando, a expectativa é que a recuperação aconteça logo.

Gostou dos números e quer saber mais? Então, baixe agora mesmo a pesquisa Perto do fim: como as PMEs estão ajustando a rota para a retomada econômica pós-pandemia?