Você já teve ou está tendo algum problema financeiro no seu negócio? Crises financeiras e de saúde pública decorrentes da situação atual geram dificuldades, como o alto nível de inadimplência e falta de capital de giro. Para resolver esses problemas, é preciso investir na recuperação de empresas.

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais mostra que, em 2019, os pedidos de recuperação judicial chegaram a 1.387. Desse total, a maior parte das solicitações (851) foi feita por micro e pequenos negócios.

Por isso, com o objetivo de entender a recuperação e como fazer o procedimento de forma correta, conversamos com o analista de produto da Serasa Experian, Marcelo Vieira. Continue lendo!

Como ocorre a recuperação de empresas?

O controle financeiro é o fator principal para evitar problemas no negócio e manter sua sustentabilidade. Para isso, é preciso fazer um bom planejamento, que contemple o capital de giro para manter a empresa em funcionamento.

Segundo Vieira, a maioria dos empresários acredita que monitora o fluxo de caixa, mas não é isso que acontece na prática. "É meio que um autoconvencimento de que misturar as contas pessoais com as do trabalho (da pessoa jurídica) não vai fazer mal. Mas isso demonstra uma falta de controle", relata.

Para evitar esse cenário, é preciso ter uma boa gestão do fluxo de caixa. Ao fazer esse planejamento, é possível ter uma visão de futuro para negociar melhor e manter o capital de giro à disposição para evitar imprevistos e a contratação de empréstimos e financiamentos, que ensejam o pagamento de juros.

Quando essa recomendação é ignorada, entra a recuperação da empresa. O objetivo é melhorar a situação financeira e monitorar os clientes para evitar novos problemas no curto, médio e longo prazos. Assim, é possível reaver o dinheiro relativo ao débito em aberto e evitar imprevistos.

Dentro desse escopo, existem dois formatos de recuperação empresarial. Veja quais são eles e suas características:

Recuperação judicial

A recuperação judicial é adotada como alternativa para evitar a falência da empresa. A solicitação é feita na justiça quando a pessoa jurídica deixa de ser capaz de honrar os compromissos assumidos. Desse modo, é possível reorganizar os negócios e se recuperar da dificuldade.

Essa possibilidade está prevista na Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE). Assim que essa opção é solicitada, o empresário tem seis meses para negociar com credores e elaborar um plano para sair da crise financeira.

Recuperação financeira

O foco, aqui, é corrigir erros estratégicos para mudar toda a maneira de gerenciar os recursos financeiros. Desse modo, é possível sair da crise econômica e manter o funcionamento do negócio. Para ser eficiente, o trabalho de recuperação financeira é feito com a ajuda de uma empresa especializada. Assim, é identificado o cenário em que o negócio está inserido e quais são suas características.

Outro objetivo da recuperação financeira é reaver os valores em aberto, enquanto mantém o bom relacionamento com o cliente. Por isso, não existe uma fórmula mágica para ter sucesso na empreitada. O mais importante é verificar cada caso de maneira individual.

Quais são os passos para iniciar a recuperação financeira da empresa?

O processo de recuperação empresarial abrange dois lados: os clientes e os credores. De um lado, a empresa tem a necessidade de continuar vendendo e atendendo à demanda. Além disso, precisa reaver o dinheiro que deixou de ser pago pelos inadimplentes.

De outra parte, é necessário honrar os compromissos assumidos e negociar. Afinal, os juros pagos aos credores são elevados e prejudicam a situação financeira. Para equilibrar esses dois lados e iniciar a recuperação da empresa, é necessário colocar em prática algumas etapas. A seguir, listamos as principais.

Negociação com credores

A identificação do problema financeiro exige que o primeiro passo seja a negociação com os credores. Converse com todos eles, avalie as possibilidades e parcele os débitos em aberto. O ideal é ser transparente e demonstrar que é uma iniciativa de resolver o problema e pagar os valores.

Análise de dados históricos da empresa

O próximo passo é avaliar como está a situação financeira. O ideal é fazer um diagnóstico completo, a fim de entender a origem dos problemas financeiros e possíveis reduções de custo e despesa. Perceba que pouco adianta fazer um bom planejamento, se você continuar com os mesmos hábitos. Por isso, é necessário eliminar as causas para realmente ter sucesso.

Melhoria do fluxo de caixa da empresa

As empresas precisam ter uma boa gestão do fluxo de caixa e sempre separar as contas da pessoa física e da jurídica. Da mesma forma, é necessário prever gastos e lucro para criar uma programação para os meses seguintes. Ainda relacione todas as dívidas existentes, qualquer que seja o credor e o tamanho. A partir da renegociação, avalie como encaixar os pagamentos no fluxo de caixa da empresa.

Como a Serasa Experian ajuda nesse momento de pandemia?

A Serasa Experian tem duas soluções para auxiliar na recuperação das empresas. Elas são o Monitoramento de Clientes e a Recuperação de Dívidas. Entenda melhor cada um dos sistemas e o que fazem.

Monitoramento de Clientes

A solução monitora todas as empresas com as quais você fecha negócios para evitar problemas de pagamento. Com esse monitoramento, é possível descobrir, por exemplo, se o cliente tem problemas no mercado e se o seu score diminuiu. Assim, são adotadas medidas para evitar vendas a prazo, já que implicam riscos.

Recuperação de dívidas

O uso dessa solução é voltado para situações em que você manteve um relacionamento com o cliente e ele deixou de pagar. Assim, o objetivo é recuperar os valores em aberto. Para atingir essa finalidade, existem duas abordagens: cobrança digital e negativação.

A escolha da melhor depende de cada caso. Se você tem um bom relacionamento com o cliente durante anos e sabe que ele costuma honrar os compromissos na data correta, o ideal é conversar com o devedor para entender qual é a dificuldade. Nesse caso, é melhor evitar a inserção do CPF ou do CNPJ na lista de inadimplentes.

Em troca, você usa a cobrança digital. Ela consiste em um SMS ou um e-mail disparado de forma programada que serve para exigir o pagamento sem a dívida ficar pública. Segundo Vieira, "isso é para aqueles clientes que você tem relacionamentos melhores e para os quais não quer dificultar as negociações no mercado".

Por sua vez, a negativação é usada quando você deseja incluir o CPF ou o CNPJ do cliente na lista de inadimplentes da Serasa Experian. Para manter o bom relacionamento, a solução permite escolher a abordagem desejada.

"O empresário pode definir se quer começar pela cobrança digital, pela negativação ou se quer fazer os dois de uma vez. A qualquer momento, ele pode escolher iniciar a cobrança digital ou a negativação. Não é uma coisa engessada. É possível montar e determinar a estratégia", ressalta o analista de produtos da Serasa Experian.

Com as duas soluções, você tem a possibilidade de analisar o histórico do cliente. Assim, é possível entender se são bons ou maus pagadores. Da mesma forma, descobre quando vale a pena usar o monitoramento de clientes e o melhor momento para reaver as dívidas.

Agora que você entendeu o que fazer, tem uma chance maior de ter sucesso com a recuperação da empresa. Basta aplicar as boas práticas apresentadas e manter seu negócio financeiramente sustentável.

Viu como é importante fazer a recuperação financeira da empresa e como as soluções da Serasa Experian ajudam nesse processo? Entre em contato conosco, converse com nossos operadores e veja como seu negócio pode ter melhores resultados!