Você sabe o que são as pequenas e médias empresas e qual a importância delas na economia mundial? Conhecidas como PMEs, essas companhias também são a força motriz do PIB brasileiro e geram inúmeros empregos.

Por isso, é importante conhecê-las, saber identificar se sua empresa é uma PME e entender como você pode obter ajuda e recursos para que ela cresça e ganhe força de mercado. Descubra mais, a seguir!

O que são PMEs?

PME é a sigla para designar as Pequenas e Médias Empresas, e é utilizada, geralmente, para classificar o porte de empreendimentos, de acordo com dois fatores: seu rendimento anual e o número de empregados que trabalham nela. As PMEs têm um papel muito importante na economia mundial, pois geram inúmeros postos de trabalho e movimentam recursos importantes na formação do PIB dos países.

Veja a seguir, como é feita a classificação do porte dos negócios, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Pelo faturamento anual

  • Microempreendedores Individuais (MEIs) — têm faturamento anual bruto de até R$81 mil;
  • MPEs — podem ser Microempresas (MEs), quando o faturamento anual for de até R$360 mil;
  • e Empresas de Pequeno Porte (EPPs) — quando o faturamento estiver acima de R$360 mil e for de até R$4,8 milhões.

Pelo número de funcionários

Comércio e serviço

  • Microempresas (MEs) — até nove funcionários;
  • Empresas de Pequeno Porte (EPPs) — de 10 a 49 funcionários;
  • Empresas de Médio Porte — de 50 a 99 funcionários;
  • Grandes Empresas — 100 ou mais funcionários.

Indústria

  • Microempresas (MEs) — até 19 funcionários;
  • Empresas de Pequeno Porte (EPPs) — de 20 a 99 funcionários;
  • Empresas de Médio Porte — de 100 a 499 funcionários;
  • Grandes Empresas — 500 ou mais funcionários.

Já o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) considera a Receita Operacional Bruta (ROB) como parâmetro para as empresas: enquanto a pequena empresa tem renda anual entre R$360 mil e R$4,8 milhões, a média empresa está na faixa de R$4,8 milhões a R$300 milhões anuais.

O IBGE, por outro lado, considera o número de funcionários: na indústria, as MPEs são aquelas com até 99 empregados, enquanto as médias têm entre 100 e 499 colaboradores. Já no comércio e serviços, as micro e pequenas empresas têm até 49 empregados, com as médias indo de 50 a 99 funcionários.

Além desses órgãos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Política Nacional do Meio Ambiente também ditam classificações para o porte das empresas. No fim das contas, as PMEs são aquelas empresas que têm faturamento e quantidade de empregados maior que o máximo estabelecido para as microempresas, mas que também estão longe de um negócio de grande porte.

Você pode encontrá-las em qualquer local: nos bairros, oferecendo serviços e produtos variados, como panificadoras, mercados, academias, salões de beleza, etc.

Agora que entendemos o que são as PMEs, vamos entender como é o seu regime tributário!

Regime tributário das PMEs

As PMEs podem prestar conta de seus ganhos através de três regimes tributários. O primeiro deles é o Simples Nacional, que tem alíquotas menores e oferece uma forma de arrecadação simplificada.

A opção seguinte é o Lucro Presumido, quando a cobrança é feita de forma fixa sobre o faturamento trimestral, com base no setor em que a empresa atua. Já o Lucro Real, que não é muito utilizado pelas PMEs, exige o pagamento do imposto calculado sobre o lucro obtido em cada período de apuração.

Por isso, vale você estudar qual regime tributário melhor se encaixa a sua realidade, para evitar possíveis dores de cabeça com esse assunto.

Agora, vamos entender a história das PMEs no Brasil!

Não é possível dizer exatamente quando, como e onde surgiram as PMEs no Brasil. Presume-se que a pequena propriedade sempre esteve presente no país e apareceu com a atividade produtiva do período colonial. Por isso, é impossível separar a história das pequenas e médias empresas do contexto do nosso país.

Desde a época das invasões, já se conta que a crise na agricultura canavieira abriu espaço para pequenos agricultores iniciarem novos empreendimentos. Isso, somado aos produtos extraídos, cultivados e manufaturados no Brasil colonial, teve grande impacto econômico e abriu oportunidade para uma gama de pequenos negócios que, inclusive, desafiavam as proibições da coroa portuguesa.

Pequenos agricultores eram os responsáveis por substituir alimentos típicos da Europa por produções locais, de origem indígena. Por exemplo, sorgo, inhame, cará, banana e manga eram cultivados para abastecer cidades como Recife, Salvador e Rio de Janeiro, além das frotas de navios que chegavam aos portos e saíam rumo à Ásia, África ou, até mesmo, a Portugal.

De modo geral, os pequenos empresários brasileiros do período colonial, mesmo tendo iniciado sua história na agricultura, não se restringiram ao setor, mas também atuavam com transporte, manufatura, serviços e comércio, conferindo enorme importância ao setor das PMEs, desde quando eram apenas um embrião.

Qual a importância das PMEs para a economia?

Essa relevância dos pequenos negócios vem até os dias de hoje. No Brasil, temos cerca de 6,4 milhões de empresas. Dessas, 99% são PMEs e detêm 52% dos empregos com carteira assinada do setor privado.

Segundo um estudo realizado pelo Sebrae, em 2017, aproximadamente 50,6 milhões de pessoas têm sua renda ligada às PMEs. Isso inclui não somente empregados de carteira assinada, mas também, empresários, trabalhadores autônomos, familiares dessas pessoas e empregados sem carteira assinada.

Ou seja, boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro passa pelas Pequenas e Médias Empresas. Engana-se, quem pensa que isso se restringe ao Brasil: aproximadamente 70% a 90% dos empregados dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (ODCE) trabalham em PMEs.

As principais razões para elas existirem e terem esse papel importante são:

  • possibilidade de ofertar produtos e serviços mais personalizados;
  • opção de prestação de serviços às grandes empresas (B2C);
  • existência de atividades produtivas mais apropriadas para PMEs, como cooperativas agrícolas.

Uma das vantagens das PMEs é sua maior capacidade de adaptação, pois a estrutura desse tipo de empresa, geralmente, é mais enxuta, já que não tem que lidar com muitos empregados e capital investido. Por outro lado, as PMEs sofrem mais para encontrar opções de crédito adequadas ao seu porte, já que têm maior grau de risco.

Como são menores, o peso da inadimplência sobre seu resultado é muito maior. Por isso, elas precisam de boas estratégias de concessão de crédito, com práticas como realizar a consulta CNPJ e CPF antes de realizar qualquer negócio, e uma gestão eficiente de recuperação de dívidas.

Quais as iniciativas mais importantes de apoio às PMEs no Brasil?

Reconhecendo a importância das PMEs para a economia do país, existem algumas iniciativas de apoio a elas. Confira, a seguir!

BNDES

O BNDES oferece soluções em crédito e saúde financeira para crescimento da sua empresa, com condições financeiras mais vantajosas e taxas de juros menores, além de prazos mais extensos para pagamento. A instituição oferece, inclusive, o cartão BNDES, semelhante a um cartão de crédito, só que exclusivo para PMEs e MEIs, com opções de pagamento parcelado em até 48 meses.

Sebrae

Um dos pontos sensíveis do setor é a falta de preparo da gestão. Temos um forte senso empreendedor no Brasil, mas ainda é preciso focar o desenvolvimento de habilidades e competências para gestores de pequenas e médias empresas.

Nesse aspecto, o Sebrae é um grande aliado, oferecendo boas opções de capacitação e desenvolvimento, por meio de serviços como cursos e consultoria na área. Além de pensar em desenvolvimento e capacitação, é importante investir na saúde do seu negócio, buscando apoio na inovação tecnológica e em parceiros estratégicos para garantir a solidez da sua PME.

Por isso, além da obtenção de crédito e da capacitação, é importante pensar em proteção e segurança nas negociações. Isso é possível ao realizar o monitoramento de clientes estratégicos e blindar seus resultados contra os efeitos negativos da inadimplência.

As pequenas e médias empresas são parte fundamental da economia mundial. Portanto, aproveite a força do seu negócio e obtenha todo o apoio necessário para investir em capacitação e segurança financeira, para que sua PME cresça e se solidifique.

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