As tentativas de fraude em e-commerce aumentaram 23,6%, no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. Tais dados indicam a necessidade de os proprietários de comércio eletrônico conhecerem melhor os diversos tipos de golpes para saber se proteger.

Com base no planejamento e conhecimento sobre o assunto, os responsáveis pela gestão do e-commerce podem estabelecer medidas de proteção, para evitar que o seu empreendimento online seja vítima desse tipo de crime e suas consequências. Entre elas, prejuízos financeiros e impressões negativas em relação à imagem da marca.

Neste artigo, você vai conhecer os principais tipos de crimes eletrônicos e saber como proteger seu negócio de fraudes. Boa leitura!

O que são as fraudes em e-commerce?

A fraude de e-commerce, ou fraude de pagamento, como também é conhecida, é um ato criminoso que ocorre durante uma transação comercial pela internet, levando a riscos operacionais e pessoais. O principal objetivo do fraudador é obter ganho financeiro ou pessoal, o que pode provocar danos irreparáveis à vítima, sejam eles psicológicos, financeiros ou, até mesmo, de imagem.

Ela consiste em universo complexo, com diferentes tipos de crimes e penas, previstas no artigo 171 do Código Penal brasileiro. No contexto do comércio eletrônico, pode ter como alvo as lojas online, envolvendo compras com dados de cartão de crédito de terceiros, por meio de roubo ou clonagem das informações.

A fraude também pode se referir a um golpe contra os clientes de uma loja, utilizando técnicas de engenharia social, que manipulam os usuários. Para isso, utilizam artimanhas que levam as pessoas a abrir links de sites infectados, fazer transações financeiras ou mesmo compartilhar dados, como senhas e números de cartões.

Quais são os principais tipos de fraude em e-commerce?

Os crimes eletrônicos são diversos, mas alguns são mais recorrentes. A seguir, conheça 6 principais tipos de fraude!

1. Fraude clássica

Nesse tipo de crime eletrônico, os fraudadores não são sofisticados. Na fraude de cartão de crédito roubado, as informações são compradas na chamada dark web (rede escura) e os produtos são enviados a agentes de fretes, para evitar a identificação do comprador. Muitas vezes, os proxies de internet são utilizados ​​para mascarar o IP internacional, origem da maioria desse tipo de ação.

O proxy é um servidor que funciona como intermediário entre clientes e outros servidores, sendo útil para preservar a identidade da pessoa que está do outro lado da tela. Infelizmente, esse é um dos tipos de fraudes mais difíceis de serem evitados no e-commerce.

2. Fraude de interceptação

Na fraude de interceptação, os golpistas utilizam cartões de crédito roubados para comprar em lojas online. Eles enviam as mercadorias para o endereço relacionado ao cartão de crédito na finalização da compra, porém, interceptam o pacote antes de ele ser entregue.

Para exemplificar, imagine um criminoso visitando um site como o da Amazon e usando nome, endereço e cartão de crédito roubados para comprar um produto. Após a conclusão da compra, ele liga para o atendimento ao cliente antes que o produto seja enviado e altera o endereço de entrega para o local de retirada desejado pelo fraudador.

3. Fraude de teste de cartão

Esse é um tipo de golpe complexo, que testa a validade de um número de cartão de crédito. Os fraudadores optam por sites que revelam uma resposta diferente para cada tipo de declínio. Exemplo disso é quando um cartão é recusado devido a uma data de vencimento incorreta e uma resposta diferente é fornecida.

Dessa forma, os golpistas sabem que só precisam encontrar a data de vencimento. Em geral, isso é realizado por bots, e as tentativas de transação ocorrem rapidamente. Os dados dos pedidos costumam ser idênticos, em seu todo ou apenas em um subconjunto, como o endereço de envio.

4. Fraude via roubo de identidade

Na fraude por roubo de identidade, os golpistas assumem a identidade de outra pessoa, criam cartões de crédito em nome da vítima e começam a realizar compras. Embora se trate de uma ação audaciosa, esse tipo de crime eletrônico está aumentando de maneira muito rápida, à medida que a quantidade e o escopo das violações de dados também aumentam.

Essa fraude é a mais difícil de ser identificada, pois as pessoas por trás do roubo de identidade são muito sofisticadas. É uma ação muito bem planejada por uma quadrilha profissional.

5. Fraude amigável

Também chamada “fraude de estorno”, a fraude amigável é recorrente em lojas virtuais. Por meio dela, um usuário faz uma compra online e, em seguida, emite uma solicitação de estorno, alegando que o seu cartão de crédito foi roubado.

Normalmente, o recebimento do dinheiro ocorre depois que os produtos comprados já foram entregues. Em geral, esse tipo de fraude é praticado por consumidores cientes do que estão fazendo.

6. Fraude em Pix

Embora o Pix seja seguro e possa beneficiar o seu negócio, os criminosos estão sempre prontos para criar formas de aplicar golpes. Eles projetam situações usando do pouco conhecimento de algumas pessoas sobre essa modalidade para fazer vítimas.

Dessa forma, a relação entre Pix e fraudes se tornou recorrente, exigindo uma atenção especial para o seu combate. Elas podem acontecer por meio de páginas e arquivos falsos para roubar dados, mensagens igualmente dissimuladas sobre falhas no sistema, entre outros meios utilizados para ludibriar os consumidores.

Como se proteger de fraude em e-commerce?

A falta de gestão de riscos, com medidas de prevenção de fraudes, pode custar muito caro para os empreendedores e varejistas virtuais. Por isso, os comerciantes devem investir em sistemas antifraude e análise de comportamento de compra dos seus clientes para que possam reconhecer e reduzir transações criminosas.

Para diminuir os riscos de fraudes, é preciso estabelecer estratégias. Algumas das principais maneiras envolvem a adoção de medidas de segurança, tais como:

  • comparação de endereços de entrega e pagamentos online;
  • contratação de um sistema antifraude eficiente;
  • geolocalização do comprador;
  • gravação de IP do computador do comprador;
  • monitoramento e armazenamento de trocas de e-mails entre a loja online e o cliente;
  • perguntas de segurança;
  • telefonemas e mensagens de confirmação de cadastros e compras;
  • travas de segurança e monitores que detectam automaticamente as atividades suspeitas;
  • verificação de nome e senha do usuário.

Como você pôde verificar, é muito importante conhecer os diversos tipos de fraude em e-commerce para saber identificar riscos e adotar estratégias eficazes para proteger o seu negócio. Isso porque, além de causar prejuízo financeiro, os crimes eletrônicos podem interferir de maneira negativa na imagem da sua marca no ambiente virtual.

Gostou do tema deste artigo e quer saber mais? Sugerimos a leitura de outro post que traz mais informações sobre as medidas para a prevenção de fraude que sua PME deve considerar.