O ano de 2020 começou promissor. Mais de 320 mil empresas foram abertas no país, mas nenhuma delas tinha ideia do que estava por vir. A instabilidade econômica trouxe muitos desafios às PMEs, tanto às novas como às maduras, que precisaram se adaptar rapidamente à nova dinâmica para evitar falências e tentar minimizar prejuízos. É esse o ponto abordado por Fernanda Monnerat, Diretora de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, em uma série de entrevistas concedidas nesse período sobre o momento vivido pelos empreendedores no Brasil.

Destacamos alguns trechos relevantes e que valem a pena serem revistos por pequenas e médias empresas.

Migrar o negócio para a internet

À CNN, por exemplo, Monnerat destacou que é fundamental garantir presença online, além de investir em ofertas diferenciadas. Segundo ela, é preciso "mostrar os seus produtos e serviços nas mídias sociais, nos aplicativos, nos deliverys, nos market places. E ter em vista outros modelos de negócios, onde os clientes podem pagar agora e usar depois, empacotar produtos e serviços com descontos ou sugerir até algum tipo de assinatura ".

Se existe dívida, pode ser o momento de renegociar

Quando falou à Jovem Pan, a Diretora de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, destacou que quando o empresário está com uma carga de endividamento mais alta, precisa voltar os olhos ao próprio negócio.

“O que a gente costuma falar é: antes de pensar em qualquer tipo de estratégia, o empresário tem que entender muito bem o seu próprio negócio. Uns tem fôlego de caixa, outros não; uns estão endividados, outros não. É entender o seu momento para você conseguir agir”.

“No caso de um empresário endividado, esse pode ser o momento de tentar renegociar a dívida. Deixar claro para o credor as dificuldades que está enfrentando e conseguir renegociar. E voltar para a estratégia original de continuar gerando caixa, movimento, se adequar a esse momento para conseguir atender os clientes mais próximos”.

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Dicas para minimizar riscos e prejuízos
Em uma entrevista exclusiva à TV Alesp, Fernanda Monnerat pontuou o passo a passo de como as pequenas e médias empresas podem prosseguir nesse momento conturbado da economia.

“O primeiro ponto é conhecer o seu negócio. Isso parece um pouco óbvio, mas é exatamente disso que a gente parte. Como está o seu negócio? Você tem caixa? Tem dinheiro guardado? Consegue arcar com seus custos durante quanto tempo? Como está a sua folha salarial? Como estão as suas contas? Conhecer efetivamente como está a situação da sua empresa é o primeiro passo”.

“Baseado nesse cenário, você parte para planos de ação. O que vemos hoje é que a maioria das pequenas empresas têm uma questão muito sensível relacionada ao capital de giro. Afinal, muitas empresas vivem com o que ganham no mês. Então o que elas recebem em 30 dias é o dinheiro para pagar as contas. Essa questão é a mais crítica”.

“Nesse sentido, qual é a melhor estratégia? É você adequar a sua empresa, adequar o seu negócio para tentar manter o seu capital de giro. Ou seja, tentar de alguma forma manter a sua receita. E aí entra a questão de você se reinventar, que é o que estamos vendo na esmagadora maioria das empresas. É ir para o ambiente de delivery, para as redes sociais, para mercados online. Essa é a sugestão da Serasa Experian para mitigar essa questão do capital de giro e conseguir manter a empresa funcionando”.

O ponto principal é sempre se questionar: como que eu posso fazer isso diferente?”.

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